segunda-feira, 17 de maio de 2010

Manifesto do nada


Sem Titulo: … ?

Sem Titulo: … ?, é o tema dado a esta performance de uma forma irónica, para que o observador possa tirar a suas conclusões, sobre como um jovem artista que lhe tenha sido atribuído a sua licença para produzir as ditas “obras de arte”, se sente numa sociedade feita de títulos, onde se terá de encaixar de uma outra forma, que não poderá ser como artista plástico, pois isso é o nome que se dá só aqueles que já deram provas de merecer esse titulo.

Mas ... para que chegue lá é necessário ter-se a oportunidade de poder dar essas provas. E haverá essas oportunidades?

“O mundo da arte pode tornar-se formalizado...”, “Tal formalidade é uma ameaça á frescura e á exuberância próprias da arte.” George Dickie

Contudo deve-se defender que a dita “obra de arte”, não venha a ser um objecto de vaidades de um determinado burguês, que exibe as suas cores a condizer com a indumentária da sua sala. “Quem compra um quadro apenas para cobrir uma mancha no papel de parede não vê a pintura como o padrão aprazível de cores e formas.” Jerome Stolnitz.

O jovem artista terá então de arranjar outras formas de se alimentar, para que não tenha de se prostituir intelectualmente, e deixar de lado a sua criatividade para ser um mero técnico de execução das ditas “obras de arte”.

Assim termina este Manifesto do nada, pensado no significado da obra de arte, e do papel do jovem artista para o mercado da arte.

Ricardo Cardoso, Posto de Turismo de Seia, 14 de Maio de 2010

1 comentário:

  1. O Nada pode ser tudo..rs
    Adorei o video, muito bom mesmo, expressa perfeitamente o que o artista sente.
    Obrigada por compartilhar.
    Sou Formada em Designer de Interiores mas trabalho mais com Artes Pláticas

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